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O Ministério da Saúde (MS) publicou documento técnico referente à Estratégia de Multivacição para atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente. Visando ampliar o acesso à vacinação, fortalecendo a vacinação de rotina e respeitando as diversidades regionais, será promovido o Microplanejamento. Tal estratégia foi apresentada ao MS pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e posteriormente adaptada à realidade brasileira. No documento seguem as ferramentas do Microplanejamento para que os municípios se organizem considerando as realidades locais.
Acesse aqui o documento.
Os municípios aplicarão as ferramentas do Microplanejamento na Ação de Multivacinação já em 2023. Trata-se de um esforço inicial para reverter a tendência de queda das coberturas vacinais ainda este ano. Não será feita uma campanha nacional unificada – a Ação de Multivacinação será regionalizada, promovendo a intensificação da vacinação, respeitando calendários e particularidades locais.
A Estratégia de Multivacinação no Brasil está sendo implementada em duas etapas. A primeira etapa consiste na realização da oficina de Microplanejamento para as Atividades de Vacinação de Alta Qualidade, direcionada aos profissionais locais de diversas áreas envolvidos nessas atividades. A segunda etapa refere-se à operacionalização da Multivacinação, implementada de forma regionalizada em cada unidade federada e respectivos municípios.
Considerando que as vacinas protegem contra doenças que não foram erradicadas, as baixas coberturas deixam nossa população suscetível à reintrodução de doenças já eliminadas do território nacional e à ocorrência de surtos de doenças de baixa incidência atualmente. Por isso, o Ministério da Saúde, juntamente com estados e municípios, tem o desafio e o compromisso de recuperar as coberturas vacinais.
Histórico recente
No Brasil, no período de 2015 a 2022, as coberturas vacinais das crianças menores de 1 ano e de 1 ano de idade apresentaram queda gradativa, intensificadas no período da pandemia de covid-19 no país. A partir de 2020, a maior parte dos imunobiológicos apresentou coberturas vacinais abaixo de 80%. Em 2022, a cobertura vacinal foi maior para as vacinas BCG (90%), hepatite B ao nascer (82%) e tríplice viral D1 (80%). Apenas a vacina BCG apresentou cobertura vacinal adequada em 2022.
A adoção da estratégia de multivacinação justifica-se diante do cenário de baixas coberturas vacinais, aumento de populações suscetíveis e, consequentemente, maior risco para a (re)introdução e a disseminação de doenças imunopreveníveis, como sarampo e poliomielite, entre outras já controladas e até eliminadas do país.