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A declaração é da 2ª Vice-presidente do COSEMS/SP, Carmem Silvia Guariente, que participou da abertura do Seminário da APS nos Territórios, em São Paulo
Nos dias 6 e 7 de novembro, gestores, trabalhadores da saúde, apoiadores regionais e representantes de diferentes instituições se reuniram em São Paulo para participar do “Seminário da Atenção Primária à Saúde (APS) nos Territórios: Equidade, Vínculo e Qualidade no Cuidado”. A iniciativa é uma realização do Ministério da Saúde e tem o objetivo é fortalecer a APS como eixo estruturante do Sistema Único de Saúde (SUS). O encontro busca integrar gestores, profissionais e apoiadores das redes municipais e estaduais, promovendo praticas inovadoras pautadas na equidade e, no vínculo com o território e na qualificação do cuidado.
A abertura oficial contou com a presença da 2ª Vice-presidente do COSEMS/SP, Carmem Silvia Guariente, que representou a diretoria da entidade e destacou a relevância da atenção primária como eixo estruturante do SUS nos territórios. Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado da Saúde, apoiadores regionais e gestores municipais.
“É importante trazer a atenção primária à saúde para a agenda dos três entes federados, Ministério, Estado e municípios. A fala é recorrente de que a APS é essencial, que deve resolver 85% dos casos de saúde, ser coordenadora do cuidado e ordenadora das redes. Porém, como fazer isso na prática? Estar com os três entes juntos reforça que a responsabilidade é compartilhada. Embora a execução aconteça no município, porque é ali que a vida acontece, a corresponsabilidade no financiamento, na estruturação dos serviços, na formação e na valorização dos profissionais é de todos. Garantir equipes qualificadas, reduzir a rotatividade, organizar processos de cuidado e estruturar as unidades básicas são desafios complexos que precisam ser enfrentados conjuntamente”, afirmou Carmem Guariente.
Ao longo da programação do primeiro dia, mesas e apresentações trouxeram reflexões sobre indução de boas práticas, organização do cuidado, gestão de informações e desafios da implementação de tecnologias e ferramentas de gestão territorial. Um dos destaques foi a necessidade de valorização das equipes como condição essencial para qualificar a APS e fortalecê-la como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede de atenção à Saúde.
O encontro reforçou que fortalecer a Atenção Primária significa fortalecer todo o SUS. A proximidade com o território, o vínculo com a comunidade e a longitudinalidade do cuidado são pilares para promover equidade e construir respostas locais mais efetivas.

Gestão da Informação: Siaps substitui Sisab
Durante as sessões da tarde, gestores puderam conhecer o Siaps, sistema que passa a substituir o Sisab como repositório oficial dos dados da Atenção Primária. O Siaps centraliza, em um único ambiente, informações sobre indicadores populacionais e clínicos, atendimentos individuais e coletivos, vínculo territorial das equipes, financiamento, desempenho e avaliação da qualidade da rede. A ferramenta facilita análises, subsidia decisões e segue as diretrizes da LGPD, garantindo sigilo e transparência.
A navegação orientada foi acompanhada de atendimentos individualizados, permitindo esclarecer dúvidas específicas de municípios de diferentes portes. “Outra questão tratada foram os indicadores do novo financiamento do Ministério, que tratam de equidade e qualidade. É importante que eles não sejam vistos apenas como critérios de pagamento ou não pagamento, mas como indutores de boas práticas. É necessário identificar onde está a dificuldade para apoiar e qualificar o cuidado”, destacou Guariente.
Boas práticas na Saúde da Família e Saúde Bucal
No segundo dia, os debates ocorreram em duas salas temáticas, com apresentação de experiências exitosas de equipes de Saúde da Família e Saúde Bucal. Os temas envolveram acolhimento, vínculo, cuidado centrado na pessoa, monitoramento de risco, integração com vigilância e atenção especializada e estratégias para populações vulnerabilizadas.
As sessões evidenciaram que boas práticas se constroem no cotidiano dos territórios, de modo participativo e contínuo. Paralelamente, o espaço de Atendimento a Gestores orientou municípios sobre repactuação de metas, organização de equipes, financiamento e uso de ferramentas de gestão, promovendo escuta qualificada e troca de soluções replicáveis.
“Reforçamos, enquanto COSEMS/SP, a importância de um financiamento constante e regular entre os entes. Quando se perde o recurso de um indicador, se já era difícil, fica ainda mais. São Paulo é um estado heterogêneo, com grandes metrópoles e muitos municípios com menos de 20 mil habitantes. É preciso olhar para as singularidades de cada território”, concluiu Guariente.
Confira AQUI a apresentação do COSEMS/SP no Seminário da APS.
