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O Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Educação (MEC), por meio da Ebserh, lançaram, nesta quinta-feira (1), o Edital de Chamamento para Participação na Comunidade AGHU – um sistema de gestão que opera há dez anos e é utilizado em 41 hospitais universitários federais. O anúncio se deu durante a 1ª reunião de 2024 da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília. E contou com a presença da Ministra da Saúde, Nísia Trindade, da Secretária de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI/MS), Ana Estela Haddad, do Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, além dos representantes tripartites da saúde.
O chamamento público tem o objetivo de credenciar instituições de saúde interessadas em usar o sistema de gestão e prontuário eletrônico AGHU, que conta com uma base de 25 milhões de pacientes e foi estudado e bem avaliado pelas equipes técnicas do MS. O edital convida as instituições a aderirem à comunidade AGHU e é decorrente do Acordo de Cooperação Técnica nº02/2023, firmado entre Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Ebserh, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretaria Municipais de Saúde (CONASEMS), em julho de 2023. O sistema apresenta módulos de internação, ambulatório, gestão de sala cirúrgica, farmácia, almoxarifado, dentre outros. Conass e Conasems são atores fundamentais do projeto e atuarão no processo colegiado, levando informações sobre o sistema às cidades e estados. A adesão é gratuita.
Interoperabilidade
A Secretária da SEIDIGI, Ana Estela, detalhou o processo de preparação para a adoção do sistema, explicou as etapas de internalização pelas áreas técnicas da secretaria e informou sobre o projeto piloto, que que está sendo realizado no Hospital Federal de Ipanema e, posteriormente, nos demais Hospitais Federais do Rio de Janeiro.
“A adoção do AGHU é uma medida estruturante do SUS Digital. O AGHU é um sistema de informação hospitalar que está maduro, sua adoção representa economia de custos, sustentabilidade para o processo de transformação digital, e a interoperabilidade com a Rede Nacional de Dados em Saúde será um passo decisivo para conectar a atenção básica e a hospitalar no SUS” destacou Ana Estela.
Como contrapartida, o edital estabelece que as Secretarias de Saúde constituam equipes mistas, com profissionais de TI e de saúde, atuando juntos na comunidade e aprimorando as novas versões do sistema. O fato de oferecer acesso ao código fonte também permite que, constantemente, as equipes de tecnologia e de saúde incorporem e aprendam com a utilização, e isso torna esse processo sustentável do ponto de vista econômico.
Economia e gestão de exames
De acordo com Chioro, há estimativas de que o processo de adesão ao sistema poderá resultar em uma economia de cerca de 3 bilhões de reais para os Estados, além da redução significativa dos pedidos duplicados de exames e outros procedimentos.
E detalhou: “São 2 bilhões a serem economizados nos próximos cinco anos, apenas se considerando os custos de implantação do sistema de gestão hospitalar, caso os 3 mil hospitais (dos cerca de 7 mil do país) façam a adesão ao AGHU”. Podem-se somar a essa conta, ainda, mais de 1 bilhão de reais em cinco anos, considerando que 600 novos hospitais poderão aderir à comunidade, investindo apenas na manutenção do sistema.
“Na perspectiva dos gestores, o AGHU será uma grande contribuição ao SUS porque vai trazer mais autonomia e mais eficiência para as secretarias municipais e estaduais de saúde”
Mais Sobre o AGHU
Há tutorias especializadas sobre o AGHU na página da comunidade. De acordo com a EBSERH, o AGHU é instalado localmente em cada hospital e assim fica menos vulnerável a ataques vindos da internet e não é impactado quando a conexão de internet fica lenta.
As secretarias de saúde poderão não só utilizar o AGHU (Modalidade de adesão Tipo 1), mas também solicitar a cessão do Código-fonte ao MEC/EBSERH (Modalidade Tipo 2). Com isso, poderão participar da comunidade de desenvolvimento colaborativo do AGHU e ter mais segurança junto a Órgãos de Controle.
Os dados do AGHU ficam armazenados na própria secretaria de saúde, possibilitando a criação dos painéis de monitoramento (BI) em tempo real. Hoje na Rede Ebserh existem centenas de painéis distribuídos pelos 41 hospitais.
Para aderir à comunidade e baixar o AGHU, acesse: Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) — Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (www.gov.br) e preencha os dados da Secretaria de Saúde.
Por ASCOM MS