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Foi publicada a Nota-Técnica nº 06, com Orientações para a vigilância da Febre do Oropouche. O documento foi elaborado pelo Departamento de Doenças Transmissíveis, da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde.
A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
Há dois ciclos de transmissão descritos: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do OROV em algumas espécies de mosquitos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No entanto, o suposto vetor primário é o Culicoides paraensis (Diptera: Ceratopogonidae), conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo urbano, o homem é o hospedeiro principal, e o vetor primário também é o C. paraensis. Eventualmente, o mosquito Culex quinquefasciatus pode transmitir o vírus em ambientes urbanos.
Até o momento não há evidência de transmissão direta de pessoa a pessoa. Após a infecção, o vírus permanece no sangue dos indivíduos infectados por 2-5 dias após o início dos primeiros sintomas. O período de incubação intrínseca do vírus (em humanos) pode variar entre 3 e 8 dias após a infecção pela picada do vetor. Entre as características do OROV, destaca-se seu elevado potencial de transmissão e disseminação, com capacidade de causar surtos e epidemias em áreas urbanas. Não há vacina e tratamento específico disponíveis.
A atuação integrada entre o setor público e a academia é essencial para ampliar o conhecimento sobre a doença e subsidiar políticas e estratégias de vigilância adequadas ao contexto de transmissão do vírus. A estruturação e consolidação da vigilância da Febre do Oropouche exigirá ampla adesão às orientações apresentadas e colaboração contínua entre os diversos atores e níveis de gestão envolvidos, a fim de reduzir o risco e o impacto da doença sobre a população. (Texto retirado da Nota Técnica)
Confira o contexto da doença, seuas aspectos clínicos, como atua a Vigilância Epidemiológica no estado do Amazonas (notificação, investigação) e regiões não endêmicas.
Acesse aqui a Nota.
O documento também está disponível em nossa área de Vigilância em Saúde, onde você poderá encontrar diversos documentos relacionados: https://www.cosemssp.org.br/area-tecnica/areas-tecnicas/vigilancia-em-saude/