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O site do COSEMS/SP publicará, nas próximas semanas, as oito experiências municipais premiadas na 15º Mostra Nacional ‘Brasil Aqui Tem SUS‘, celebrada durante o 34º Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), que aconteceu em Belém (PA), entre os dias 25 e 27 de julho de 2018. O estado de São Paulo contou com 40 trabalhos no evento, todos premiados no 8º Prêmio David Capistrano, realizado no decorrer do 32º Congresso do COSEMS/SP, em Rio Claro, em abril deste ano.
A troca de experiências exitosas é fundamental para a consolidação do trabalho das equipes de Saúde, assim como para o fortalecimento, construção e qualificação das ações realizadas no SUS. O COSEMS/SP parabeniza todos os trabalhos, vencedores ou não, que fazem o SUS crescer se fortificar!! Confira abaixo a experiência de Fernão (SP):
Grupo Retomada de Atividades Ocupacionais: Fernão (SP)
O envelhecimento populacional pode ser considerado uma conquista da humanidade, porém, carrega consigo desafios, passando a ser uma das maiores preocupações no que compete a área da saúde, exigindo políticas públicas adequadas para que o envelhecer aconteça de forma ativa1.
Com o aumento da população idosa do município de Fernão (SP), os cuidados com essa demanda tem se intensificado na unidade de saúde, cobrindo 100% da população por ser a única do município, com atenção voltada para os idosos robustos não comprometidos por patologias, e idosos com agravos, esses que acabam tendo comprometida a qualidade de vida se não realizada abordagens que proporcionem a retomada de atividades ocupacionais, como o caso de pacientes com histórico de acidente vascular encefálico (AVC), que apresentam sequelas das lesões sofridas pelo quadro.
Os pacientes com esse diagnóstico mesmo sendo atendidos na unidade de saúde realizando tratamento fisioterápico demonstravam estacionar suas atividades ocupacionais e convívio social, não atendendo por completo a necessidade do paciente.
O cuidado em saúde requer um olhar atento a individualidade de cada paciente pois a recuperação após o AVC vai depender de fatores como a área afetada e o tamanho da lesão, onde os profissionais devem trabalhar com a reabilitação de forma que o paciente se torne independente alcançando o maior nível de funcionalidade possível em cada caso.
Foi a partir de então que a proposta de iniciar um grupo com esses pacientes, denominado Grupo de Retomada de Atividades Ocupacionais, qual atenderia idosos comprometidos com sequelas decorrentes de quadro de AVC, com foco no retorno de suas atividades ocupacionais.
A experiência tem por objetivo proporcionar-lhes melhor qualidade de vida, amenizar as complicações capazes de gerar incapacidade ou diminuição da capacidade para o auto cuidado, através de atividades que visem harmonizar o desempenho ocupacional, por meio de exercícios motores, alongamentos, estimulação cognitiva, coordenação motora global e fina, propriocepção em atividades coletivas, dando maiores condições de retomarem suas atividades ocupacionais e convívio social.
Através de busca ativa e avaliação das habilidades foram selecionados os pacientes que se enquadravam no grupo e que se propuseram a participar. Os encontros são realizados na unidade de saúde, onde estão disponibilizados os materiais necessários para as atividades planejadas, ministrado por uma fisioterapeuta e uma educadora social, com duração de uma hora semanalmente, o grupo tem em torno de sete a 10 participantes.
As atividades são elaboradas de forma criativa, adaptadas para a necessidade de cada participante, nos primeiros 30 minutos são realizados alongamentos globais, exercícios ativos, ativo assistido, demais continuidade com atividades lúdicas envolvendo coordenação motora fina, equilíbrio e estimulação cognitiva (jogos lúdicos) e atividades externas (passeios) interagindo com outros grupos já existentes na unidade. Sempre acompanhados pelas duas profissionais.
Resultado
Após iniciarem a participação no grupo os pacientes relatam a retomada de atividades de sua preferência ou descoberta de novos interesses como: cozinhar, bordar, pintar, pescar, caminhar e melhora no convívio social, maior frequência em atividades socioeducativas, proporcionando melhora na qualidade de vida.
Conclusões
O grupo mostrou importância para os participantes como uma continuação do tratamento fisioterápico, focado de forma mais ampla na retomada de atividades ocupacionais, em suas necessidades específicas e inserção social, retomando atividades antes consideradas impossíveis após a patologia.
Autores
Mariane Couto Martins
Rosa Maria Del’ Vescovo