Tendo em vista o recente surto de sarampo no navio MSC Seaview, conforme descrição em Nota do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (CVE-SES-SP) (acesse aqui) e possibilidade de disseminação do vírus para outros grupos populacionais suscetíveis, aliada à atual situação epidemiológica mundial do sarampo, e em especial no Brasil, a diretoria do COSEMS/SP reitera as sugestões divulgadas anteriormente, em julho de 2018.
O COSEMS enfatiza aos gestores municipais a necessidade de desenvolver de imediato, e de modo sustentado, ações e estratégias que visem aumentar a cobertura vacinal, realizar detecção precoce de casos e suas respectivas medidas de controle.
Como sugestão, estão listadas a seguir estratégias a serem adotadas de acordo com cada realidade e possibilidade:
- Divulgar amplamente para a rede de serviços pública e privada a situação atual do sarampo e o risco presente de disseminação da doença;
- Alertar a rede de serviços para suspeitar e investigar precocemente casos suspeitos e realizar, de modo oportuno, todas as ações de controle recomendadas;
- Realizar capacitações e atualizações para profissionais de saúde, incluindo diagnóstico e manejo clínico do sarampo. O COSEMS/SP apontou na CIB de 12/07/2018 a necessidade de apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) para estas atividades;
- Promover maior acesso da população à vacinação contra o sarampo, observando o calendário do Programa Nacional de Imunizações;
- Ofertar vacina em todo o período do dia e quando possível também em horários alternativos, como por exemplo, final de tarde e final de semana;
- Identificar populações vulneráveis, buscar bolsões de baixa cobertura vacinal e oferecer de modo ativo, a vacina, se necessário casa a casa;
- Reforçar junto às equipes a importância do calendário vacinal de rotina para adolescentes e adultos:
- Atentar que profissionais de saúde devem tomar a vacina de acordo com o calendário;
- Realizar parcerias com o setor de turismo para que viajantes estejam com o esquema de vacinação em dia, em tempo hábil de fazer imunidade;
- Alertar aos viajantes que não tenham tomado a vacina tríplice viral, ou que não tenham comprovante de vacinação, que devem receber a vacina 15 dias antes de viajar;
- Vacinar trabalhadores da área de turismo e de locais de grande circulação de pessoas, conforme o calendário vacinal;
- Reforçar junto às equipes a importância do registro das ações realizadas nos sistemas de informação específicos;
- Analisar as coberturas vacinais de modo a identificar fragilidades e atuar sobre elas;
- As equipes de vigilância e assistência devem trabalhar de modo integrado.