Apresentação/Introdução:

Diante da transmissão e letalidade da pandemia enfrentada, foi necessário impor mudanças no processo de trabalho e na construção do cuidado em saúde. A Secretaria de Saúde precisou definir um fluxo diferenciado para suspeitos com Síndrome Gripal, a fim de reduzir o contato entre os usuários e evitar a contaminação cruzada. Esse enfrentamento mobilizou o trabalho e a articulação dos diversos setores e departamentos da Secretaria de Saúde, sendo fundamental para o desenvolvimento de novas ações. Agora, adaptados a um novo cenário, foi preciso retomar todos os serviços ofertados, enfrentando uma demanda extremamente maior. Com a diminuição dos casos de COVID, foi possível reorganizar as unidades de saúde, oferecendo atendimento integral e descentralizado, garantindo suporte adequado às necessidades da população e mantendo um comitê de enfrentamento em alerta para possíveis novas manifestações da doença.

Objetivos:

Demonstrar as ações e orientações realizadas após a pandemia, destacando o caminho de recuperação.

Metologia:

Mesmo com a diminuição de casos de COVID, o Comitê de Enfrentamento foi mantido em alerta para qualquer sinal de manifestação. Constituído por profissionais de saúde e técnicos especializados, o objetivo era antecipar estratégias e ações para combater a doença. O Comitê realizou estudos da capacidade instalada de leitos, redefinindo fluxos e procedimentos para melhor atendimento à demanda. A rotina diária foi retomada com adaptações, utilizando tecnologias como teleatendimento, monitoramento e reuniões online, garantindo o acesso aos usuários e uma gestão eficiente. Os Planos de Ação visaram proteger a população e os funcionários, com o retorno gradual das cirurgias eletivas e atendimentos odontológicos, sempre seguindo as normas de segurança. A campanha de vacinação e a equipe da Atenção Básica continuaram as ações de imunização para COVID, sem negligenciar outras vacinas importantes.

Resultados:

Em janeiro de 2022, o Centro de Tratamento COVID ainda estava em funcionamento para consultas pós-COVID, atendendo pacientes com sequelas e garantindo cuidado integral com psicólogos, fisioterapeutas, pneumologistas e cardiologistas. Em março, com a diminuição dos casos, o serviço do CTC foi encerrado e uma Unidade Mista foi aberta em seu lugar, oferecendo atendimento ambulatorial e Pronto Atendimento por 12 horas diurnas à população. Essa mudança resultou na descentralização dos atendimentos de outras unidades de saúde, como o Pronto Socorro Municipal, o Centro de Especialidades Médicas e a Estratégia da Saúde da Família da região. Essas unidades passaram a oferecer atendimento integral em diversas especialidades, respondendo às necessidades dos indivíduos de forma adequada e personalizada. Além disso, conquistamos a habilitação da Unidade de Pronto Atendimento do Araretama junto ao Ministério da Saúde e recebemos o Prêmio do 2° Ciclo da Parcerias em Ação por reduzir óbitos prematuros por Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Os recursos financeiros foram empenhados para o retorno das ações, atendendo às legislações do SUS e às recomendações necessárias. Apesar dos grandes desafios, alcançamos conquistas significativas.

Conclusões:

A gestão da saúde nos últimos anos foi desafiadora e trazendo um novo cenário para o SUS, evidenciando conflitos. No entanto, mantivemo-nos firmes, seguindo as orientações e lutando por maiores conquistas, diversos fatores dificultaram ações imediatas de extrema importância, mas persistimos em nossos esforços. A participação da sociedade foi fundamental para cumprir as medidas e ações necessárias, resgatando o compromisso de uma sociedade justa e solidária, estruturada pelo SUS como um sistema de saúde acessível a todos, baseado nos princípios de universalidade, equidade e integralidade. Essa não é a primeira nem será a última pandemia que enfrentamos. Precisamos nos estruturar cada vez mais para lidar com os desafios, cumprindo com nossos compromissos, valores e princípios que devem orientar a gestão no enfrentamento das dificuldades.

Palavras-chave:

covid, sociedade, mudança, reflexo

Autores

MARLLA CHRISTINE DOS REIS DÔNOLA, SILVIA MENDES DE ALMEIDA