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A realização do PNAR (Pré Natal de Alto Risco), representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias maternas e/ou fetais, permitindo assim, um desenvolvimento do bebê de acordo com as condições, e através da conduta médica, reduzindo os riscos para o binômio . Nesse sentido, para se oferecer um cuidado adequado às necessidades do binômio é importante caminhar na direção de um modelo integrado de atenção no qual atue uma equipe interdisciplinar em que uma equipe de referência apoia a equipe da APS (Atenção Primária de Saúde) na condução de determinada gestante. Aqui na equipe de referência estão envolvidos médicos da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, Enfermeiros, Técnico de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Serviço Social, Psicólogas, para que seja realizado acompanhamento efetivo, solicitação de serviço terciário caso necessário, busca ativa das pacientes, juntamente com a UBS ( Unidade Básica de Saúde). É necessário que sejamos claros para todas as gestantes, para que elas estejam cientes da importância do pré-natal de alto risco, onde podemos prevenir, ou detectar precocemente as necessidades da gestante e bebê. A comunicação adequada entre as equipes assistenciais no compartilhamento do cuidado é fundamental para o sucesso do seguimento da gestante de risco, principalmente pelos canais de comunicação como o prontuário eletrônico.
Os objetivos da estratificação de risco: Predizer quais mulheres têm maior probabilidade de apresentar eventos adversos à saúde. Tais predições podem ser usadas para otimizar os recursos em busca de equidade no cuidado. A estratificação de risco é contínua e deve ser realizada em todos os atendimentos, desde a primeira e a cada consulta de pré-natal, a equipe deve buscar sinais de risco e assim garantindo um resultado satisfatório da atenção para o binômio materno-fetal. Buscar sempre a diversificação dos espaços de cuidado e nunca a transferência e a desresponsabilização sobre ele. Por isso, a APS ( Atenção Primária de Saúde) não deve deixar de assistir a gestante ainda que esta esteja sendo acompanhada em outro equipamento de saúde, pois é no território que as relações sociais e demandas ocorrem. É no território que a gestante vive e onde deve ser compreendida e cuidada, é onde as mulheres devem permanecer com suas famílias e a comunidade do entorno.
No PNAR estão envolvidos médicos da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, Médicos Radiologistas para realização de Ultrassonografia obstétrica e morfológico fundamental o diagnóstico, Enfermeiros, Técnico de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Serviço Social, Psicólogas, para que seja realizado acompanhamento efetivo, solicitação de serviço terciário caso necessário, busca ativa das pacientes, juntamente com a UBS ( Unidade Básica de Saúde), para que não haja faltas em consultas e que seja realizado exames e consultas em tempo adequado. Contamos também com uma sala de coleta especial fundamental para o acompanhamento das gestantes de alto risco. É necessário que sejamos claros para todas as gestantes, para que elas estejam cientes da importância do pré-natal de alto risco, onde podemos prevenir, ou detectar precocemente as necessidades da gestante e bebê. O compartilhamento do cuidado da gestante com as equipes especializadas pode ocorrer em qualquer momento do pré-natal. A partir da identificação de risco, o compartilhamento desse cuidado deve ser solicitado, independentemente de estar no início ou próximo ao termo. As equipes envolvidas na assistência devem atuar como uma única equipe; para tanto, devem buscar manter claros, ágeis e úteis os canais de comunicação de dupla via, assim como a comunicação deve ser qualificada de maneira que tanto a APS quanto a atenção especializada possam se apoiar na condução dos casos.
Nos últimos 12 meses, foram avaliadas 1.597 gestantes, sem ocorrência de óbito materno. Registramos, no entanto, 3 abortos espontâneos e 3 óbitos fetais associados a malformações congênitas incompatíveis com a vida. Em relação às principais patologias acompanhadas na referência para PNAR, destacam-se: 454 casos de hipertensão arterial sistêmica (HAS), 427 de diabetes mellitus gestacional, 98 de obesidade, 86 de endocrinopatias e 52 de gestação múltipla.
O importante é que, acima de tudo, a gestante receba o cuidado necessário para que possa vivenciar uma experiência positiva na gestação e com minimização do potencial de agravo à sua saúde e do recém-nascido. Para tanto, organizar as redes de assistência locais e regionais de maneira eficiente, potencializando a capacidade de atuação da APS e, ao mesmo tempo, oferecendo uma assistência especializada acessível para a garantia da equidade. As equipes de saúde, por sua vez, devem considerar a avaliação contínua e individualizada das gestantes durante o atendimento pré-natal e buscar uma harmonia entre os níveis de atenção na assistência prestada às mulheres gestantes.
Gestante, Feto, Integração , Acolhimento
LUANA EUZÉBIA DA SILVA