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O Homem é um ser social, e para que a Saúde Mental seja integral, faz-se necessário momentos de introspecção e de projeção dos sentimentos de modo que o auto cuidado ultrapasse a medicalização. Desse modo, a Dança de Roda é uma prática que visa reunir um grupo de pessoas com a finalidade de integração e fortalecimento de valores como: empatia, compreensão, sentimento de pertencimento entre outros. Assim, esta atividade pode contribuir como um método terapêutico no cuidado tanto do indivíduo como do grupo, podendo ainda ser parte de um processo curativo, sendo considerada uma meditação em movimento.
Expandir as relações interpessoais e fortalecer os vínculos. Objetivos Específicos ● Proporcionar o autoconhecimento, equilíbrio, desenvolver a psicomotricidade; ● Ofertar momentos de aproximação e troca de experiências sobre o sentido do tratamento da saúde mental; ● Promover atividade dinâmica e terapêutica em grupo; ● Ofertar melhoria para os transtornos de humor, quadros ansiosos; Trabalhar o respeito e escuta; ● Promover ocasião de reestruturação cognitiva e sinestésica.
Todos são recepcionados e é trabalhado a autopercepção no local onde a atividade será realizada e que se trata de um momento que faz parte do tratamento; São dados os comandos para a percepção da respiração de modo consciente. Em seguida é iniciada uma sessão de alongamento onde a servidora aperfeiçoa a postura de cada um por meio de orientações; Inicia-se a Dança em Roda onde são propostas de início músicas mais movimentadas e finaliza com músicas mais tranquilas, ora instrumentais, ora músicas que contenham letra, sendo algumas canções sugeridas pelo grupo e outras pela servidora; A finalização se inicia a partir de uma meditação ativa acompanhada de música, com movimentos lentificados, favorecendo a autopercepção e o autocontrole;Ao final da atividade, os participantes são convidados a fazer uma apreciação sucinta, representada com uma palavra-chave sobre as emoções emergentes durante o processo.
Foram constatados que, tanto usuários quanto familiares e acompanhantes passaram a se apresentar mais amistosos e mais envolvidos no tratamento terapêutico/medicamentoso. As atividades contribuíram para a redução de quadros ansiosos, houve aumento do auto concentração, autoconfiança, melhora do humor e interação social. Também foi observado que durante as atividades, os participantes se demonstraram mais relaxados, interativos, conectados, atenciosos e altruístas. Desde o início do projeto, era pedido que os participantes pronunciassem uma palavra-chave que representasse o sentido da atividade proposta e podemos destacar algumas: Felicidade, Perseverança, Gratidão, Paz, Tranquilidade, Alegria. Os servidores puderam perceber a satisfação e o engajamento dos usuários no tratamento de forma integral pois a atividade é proposta pela equipe de enfermagem, que tem contato diário ou semanal com esses pacientes, sendo a grande maioria crônicos.
Essa proposta foi iniciada com base nas Práticas Integrativas e Complementares do SUS, como iniciativa do Ministério da Saúde, de modo a proporcionar a atenção de modo integral, visando o indivíduo como um todo. Para que a Especialidade em Saúde Mental se realize, se faz necessário que o usuário seja fortalecido, esclarecido da importância do tratamento e também que seja valorizado como pessoa humana. Praticas como essas também resultam no fortalecimento de vinculo da própria equipe. São atividades que também cuidam do cuidador por ocorrer em liberdade e em áreas livres, muitas vezes no território como em praças próximas ou poliesportivos, para além do posto de enfermagem. O CAPS é um espaço de saúde que difere de outros equipamentos. A estabilidade orgânica e social é tratada através da busca do equilíbrio emocional. Para além do tratamento medicamentoso e psicológico, atividades como essas propõe o momento de integração consigo mesmo e com o outro, de modo a melhorar a qualidade de vida.
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CIBELE LOURDES DE CARVALHO, LUCIANA APARECIDA DA SILVA, REINALDO GUEDES OLIVEIRA JUNIOR, MICHELLE LUIS SANTOS