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A cidade de São Caetano do Sul registra um dos maiores índices de longevidade do país, com expectativa de vida de 78,2 anos. A Prefeitura oferece aos munícipes com mais de 50 anos diversos serviços em sete Centros Integrados de Saúde e Educação (CISEs), onde acontecem as “Rodas de Conversas” (iniciaram em: Novembro/2022 e permanecem ativas), com o intuito da promoção em saúde. Segundo a Carta da 1ª Conferência Internacional de Promoção da Saúde, mais conhecida como Carta de Ottawa, promoção da saúde “é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo”. O Brasil é um dos países signatários da Agenda 2030 dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). As discussões a respeito da promoção da saúde remontam ao início do século passado, especialmente a partir da década de 1970. As construções mundiais sobre a promoção da saúde reverberaram na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, que apresentou as bases para construção do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro.
No Brasil a atual situação de saúde, caracterizada pela transição demográfica, onde a população está em processo rápido de envelhecimento, constitui um crescente aumento das doenças crônicas, visto que estas afetam mais os segmentos de maior idade. Um dos desafios do Sistema Único de Saúde (SUS) é desenvolver um cuidado voltado para a promoção da saúde. O desenvolvimento de ações voltadas à promoção da saúde aliando o saber popular com o saber científico auxiliam na diminuição do consumo dos serviços de saúde. Em síntese, a importância de todas essas campanhas se reflete na disseminação do cuidado com a saúde e do alerta aos pequenos sintomas do corpo e da mente, aprendendo que, por mais que a vida atual esteja bastante acelerada, é necessário se cuidar, manter uma alimentação equilibrada, realizar exercício físico e manter hábitos saudáveis, aderir aos serviços de saúde, cuidando do corpo e da mente.
Os participantes ficam sentados em círculo, em espaços físicos adequados e confortáveis, e as ações apresentam divulgação prévia. Um tema por mês é discutido, padronizado nas 7 unidades, com tópicos para serem abordados como “engates”. Durante a ação distribuímos laços coloridos com alfinetes para serem colocados na vestimenta, iniciamos a roda de conversas citando sobre a importância do tema, indicadores no município e no país. Além disso, cria-se um ambiente onde os usuários compreendem, discutem, trocam informações/relatos e retiram suas dúvidas; num espaço “enfeitado” de forma lúdica, enfatizando a “cor” do mês correspondente. Dividimos a tarefa em subcategorias: a roda, a conversa, o planejamento, a metodologia, o conteúdo, a avaliação dos participantes, o aprendizado e criação de multiplicadores de informações (os participantes). São guiadas pela equipe de enfermagem, em algumas ocasiões palestrantes externos são convidados. Além dos temas citados abaixo, realizamos periodicamente Capacitação de Primeiros Socorros para leigos, com parceria do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). Todos os participantes assinam a lista de presença, e após é entregue um formulário de pesquisa de satisfação. Até o momento, tivemos 3.972 participantes, conforme listas de presenças. Das avaliações, 52 participantes apontaram nota 8, 10 participantes apontaram nota 9, e 3901 apontaram nota 10 para as ações (com possibilidade de citarem nota de 0 a 10). Foram classificadas como
As rodas de conversas valorizam o conhecimento transmitido por meio da educação em saúde, além de promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde. Observamos um grande aumento da adesão a tratamentos e programas de saúde após o início do trabalho. É notável que as ações educativas apresentam resultados positivos em diversos contextos, como o aumento da adesão a tratamentos, a melhoria de hábitos de vida, a ampliação do conhecimento dos usuários sobre saúde, além da diminuição do isolamento social e redução da população idosa no setor terciário, ou doenças em estágios avançados.
A saúde deve ser entendida de uma forma positiva, dando especial realce a promoção, sendo que a conscientização “educar” os indivíduos para que os mesmos adquiram um papel ativo, atribuindo-lhes mais controle sobre as condições que afetam a sua saúde. O fortalecimento do conhecimento por parte dos indivíduos é de primordial importância. A educação para a promoção da saúde pretende aumentar os conhecimentos dos indivíduos, dotando-os de ferramentas que lhes permitam uma melhor aprendizagem, ampliando os seus conhecimentos e desenvolvendo competências que permitam melhorar a saúde individual e da comunidade envolvente. O princípio é de que indivíduos com mais e melhores conhecimentos, tendem a gerir de uma forma mais assertiva a sua saúde e consequentemente a melhorar a sua qualidade de vida. Portanto, a promoção da saúde é uma estratégia de articulação transversal na qual se confere visibilidade aos fatores que colocam a saúde da população em risco e às diferenças entre necessidades, territórios e culturas presentes no nosso país, visando a criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendam a equidade e incorporem a participação e o controle sociais na gestão das políticas públicas
Promoção à saúde, rodas de conversa, idoso
LUCILA ROSE LORENZINI, CARLA ANDREA CIARINELI