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O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, publicou a Nota Técnica Conjunta nº 27/2025, entre os Departamentos de Doenças Transmissíveis e do Programa Nacional de Imunizações, sobre o Alerta aos viajantes que se deslocarão para as regiões com detecções de Febre Amarela (FA). A NT conta com recomendações para viajantes, para intensificação da vigilância e intensificação da vacinação.
Dados do Boletim Epidemiológico do CVE, de 17/01/2025 – 33 PNH confirmados no estado de São Paulo de setembro de 2024 a fevereiro de 2025. Em 2025 foram confirmados 14 casos em janeiro e 6 em fevereiro (até 17/03). Casos em Humanos em 2025 ESP: 15 casos (destes 15, 13 são autóctones do ESP). Óbitos: 8 óbitos em 2025: 1 em janeiro, 7 em fevereiro. Dos 15 casos, 93% não eram vacinados. Destes 15 casos, um se infectou em MG, 13 no ESP e um permanece em investigação quanto ao local de infecção
Acesse aqui a Nota Técnica
A FA é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), cuja transmissão se dá por meio da picada de mosquitos silvestres, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Primatas não-humanos (PNH) e humanos são acometidos pela doença, que apresenta evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas formas graves.
No período de monitoramento 2024/2025 (julho a junho), registros de transmissão do vírus em PNH ocorreram em Minas Gerais (03), Roraima (01) e Tocantins (02).
De acordo com Brigina Kemp, assessora técnica do COSEMS/SP, a situação de febre amarela no estado SP é de bastante risco. A identificação de casos em primatas não humanos sugere a circulação do vírus da febre amarela em diferentes regiões do estado. Temos que reforçar que há uma vacina que protege contra a febre amarela, disponível no SUS.
Esquema Vacinal
“Temos uma preocupação por causa do carnaval e o deslocamento das pessoas, que podem estar não vacinadas e irem viajar para as áreas de risco, especialmente áreas rurais e locais não urbanizados, com por exemplo com fragmentos de floresta, ecoturismo o ideal é que tomem a vacina 15 dias antes do deslocamento. Quem tomou a dose fracionada em 20217 e 2018 deve tomar uma nova doses, a dose completa. Infelizmente, seis desses casos evoluíram para óbito, mostrando a alta letalidade da doença. Todos os casos não tinham comprovação de vacinação contra febre amarela, principal medida de proteção para a doença e que está disponível na rede do SUS”, explicou Brigina.
Diante desse cenário, é recomendado a todas as pessoas que planejam viajar para áreas com transmissão do vírus ou para regiões rurais e de mata revisem sua carteira de vacinação. Aqueles que ainda não receberam a vacina contra a Febre Amarela, que não possuem a carteira de vacinação ou têm dúvidas se foram vacinados, devem buscar uma Unidade de Saúde com pelo menos 10 dias de antecedência da viagem.
Além da vacinação, é essencial adotar medidas de proteção individual, como:
. Uso de calças e camisas de manga longa;
. Sapatos fechados;
. Aplicação de repelente nas áreas expostas do corpo;
. Uso de mosquiteiro nos berços e carrinhos de crianças menores de 6 meses de idade.
Os mosquitos transmissores da Febre Amarela possuem hábitos diurnos, portanto, essas precauções devem ser mantidas durante todo o dia, especialmente em áreas próximas a fragmentos de mata, como parques, trilhas, chácaras, sítios e pesqueiros.
Com a proximidade do Carnaval e de outros feriados, o Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” orienta que as Secretarias Municipais de Saúde intensifiquem as ações de vacinação contra a doença. Para isso, é fundamental a implementação de estratégias em locais de grande fluxo de turistas, como em rodoviárias, tendo em vista que muitos viajantes adquirem passagens presencialmente e com antecedência para seus destinos no feriado de carnaval. Além disso, é essencial que guias turísticos e agências de ecoturismo informem seus clientes sobre a necessidade de vacinação com pelo menos 10 dias de antecedência da data da viagem.
Municípios com registros confirmados
Casos humanos: Amparo, Campinas, Joanópolis, Socorro e Tuiuti.
Casos em primatas: Bragança Paulista, Campinas, Colina, Joanópolis, Osasco, Pinhalzinho, Serra Negra, Socorro, Pedra Bela, Taquaral e Ribeirão Preto.
Para mais detalhes sobre o público-alvo da vacinação, faixas etárias e outras informações, consulte o documento em anexo ou acesse o endereço eletrônico:
https://portal.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-devigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-ezoonoses/doc/famarela/alertaepidemiolougico_06-01-2025_epizootiapnh_rp.pdf
A colaboração de todos é fundamental, pois a vacinação continua sendo a principal estratégia para o controle da Febre Amarela.
Acesse aqui as Diretrizes para Prevenção e Controle das Arboviroses Urbanas no Estado de São Paulo.