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Os casos de Dengue em 2024 no estado de São Paulo têm apresentado um cenário diferente dos anos anteriores. Apesar de uma queda nos últimos meses, já são mais de 2 milhões confirmados e a circulação do vírus DENV 3, antes restrito a duas regiões do estado e hoje com aumento significativo em outras regiões.
Neste ano, o Brasil já ultrapassou a marca de 6 milhões de casos prováveis de Dengue e apenas no estado de São Paulo foram notificados 3.684.021 casos de dengue no SINAN, residentes nos 645 municípios do estado. Do total de casos notificados em 2024, 2.062.452 foram confirmados, sendo 2.035.394 (98,69%) classificados como dengue, 24.611 (1,19%) como dengue com sinais de alarme e 2.447 (0,12%) como dengue grave e 1.901 óbitos. Dados obtidos do Alerta nº 2 da Sala de Situação Estadual de Enfrentamento às Arboviroses.
“Depois de maio se inicia uma diminuição de casos. Mesmo assim, o número de casos ainda está superior aos anos anteriores, com relação ao limite máximo de acordo com o diagrama de controle do CVE. O Diagrama de Controle é uma ferramenta utilizada em epidemiologia para monitorar o número de casos. Podemos dizer que em 2024 o estado se apresenta de forma diferente dos outros anos”, ressaltou Lidia Tobias, assessora técnica do COSEMS/SP.
Ainda segundo Lidia, os dados apresentados possuem um significado importante, pois demostram que pode ocorrer uma explosão de casos de Dengue no primeiro semestre de 2025.
Em algumas regiões está em circulação o sorotipo 3 da Dengue (DENV 3), diferentemente dos outros (1 e 2), este sorotipo teve baixa circulação anterior. “Neste caso, podemos ter um número maior de pessoas suscetíveis a apresentarem um quadro de dengue, pois poucas pessoas tiveram contato com esse sorotipo”, explica Lidia.
De acordo com o Alerta nº 2, em 2023, a circulação do vírus estava restrita a duas regiões. No entanto, em 2024, o DENV 3 se espalhou por diversas áreas do estado, refletindo um aumento significativo na sua circulação, o que poderia resultar em um aumento significativo de casos graves e de óbitos. Isso reforça a urgência de intensificar as ações de vigilância e controle para evitar a disseminação do vírus para outras regiões do estado, especialmente considerando a ampla distribuição do vetor e a suscetibilidade de uma parte significativa da população ao novo sorotipo.
Ações nos municípios
A situação continua exigindo vigilância constante e medidas preventivas rigorosas. “Os municípios devem continuar com suas ações de Vigilância, monitorar as ocorrências de casos, não somente a Epidemiológica, mas também a Entomológica, com ações de controle do vetor. É primordial que os gestores comecem a organizar sua rede de serviços para atender pessoas suspeitas de Dengue, como a Atenção Básica e serviços de Urgência. É fundamental a organização destes serviços no início do ano”, destacou a assessora do COSEMS/SP.
Lidia reforçou algumas ações, como pensar em fluxos de atendimento, em equipes capacitadas para fazer o manejo clínico da doença, pensar nos insumos, como medicamentos básicos, dentre eles reidratante oral, antitérmicos, pois nos casos mais leves são estes os medicamentos utilizados para atender esses pacientes.
Acesse aqui o Alerta nº 02