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Com a proximidade do período de férias e, por conseguinte, aumento do trânsito de as pessoas entre diferentes continentes, e que poderá propiciar a reintrodução do vírus do sarampo em território paulista.
O sarampo é uma doença viral, altamente transmissível, que acomete indivíduos suscetíveis de qualquer idade e que pode evoluir com complicações graves e eventualmente fatais, principalmente em crianças menores de um ano de idade e adultos. Os viajantes permanecem como importantes atores na dispersão internacional da doença.
A transmissão do sarampo ocorre por dispersão de partículas virais no ar ou pelo contato direto com as secreções nasais e orais eliminadas pelas pessoas infectadas. Os sintomas iniciais são: febre, coriza, conjuntivite e tosse. A erupção cutânea aparece alguns dias depois destes sintomas, inicialmente na cabeça para depois atingir tronco, abdômen e membros.
O indivíduo doente pode transmitir o vírus cerca de 5 dias antes a 5 dias após a erupção cutânea. Desta maneira, não é possível se determinar quando a exposição poderá ocorrer. O período entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas (período de incubação) é de aproximadamente 12 dias (variando de 7 a 18 dias).
As complicações do sarampo incluem otite média, diarreia e broncopneumonia. As encefalites agudas podem resultar em sequelas, ocorrendo em cerca de um para 1.000 casos de sarampo. Na era pós-eliminação, os óbitos são derivados das complicações neurológicas e respiratórias. A letalidade é maior em crianças menores de cinco anos e imunocomprometidas ou desnutridas. Uma complicação tardia e rara (~ 11 para 100.000 casos de sarampo) da infecção pelo sarampo é a Panencefalite Esclerosante Subaguda (PEESA), doença degenerativa do sistema nervoso central caracterizada por deterioração progressiva intelectual, com convulsões subentrantes, que se manifesta em torno de 7 a 11 anos após a infecção pelo vírus selvagem, principalmente no acometimento de crianças menores de dois anos de idade.
Alerta aos viajantes
No planejamento da viagem, com particular atenção se incluir participação em eventos de massa (esportivos, culturais, religiosos, etc.), o viajante suscetível deve receber a vacina tríplice viral 15 dias antes de viajar ao exterior, para sua completa proteção e de seus familiares (8,9). A caderneta de vacinação é o documento de registro de sua situação vacinal.
Durante a viagem, reforçar as medidas de higiene pessoal e do ambiente:
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.
– Lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou então utilizar álcool em gel.
– Não compartilhar copos, talheres e alimentos.
– Procurar não levar as mãos à boca ou aos olhos.
– Sempre que possível evitar aglomerações ou locais pouco arejados.
– Manter os ambientes frequentados, sempre limpos e ventilados.
– Evitar contato próximo com pessoas doentes.
No retorno recente de viagem ao exterior, o viajante deve ficar atento: se apresentar febre, manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de tosse ou coriza ou conjuntivite, até 30 dias após seu regresso, estes podem ser sintomas do sarampo.
Recomenda-se que procure imediatamente um serviço de saúde, informe seu itinerário de viagem, permaneça em isolamento social e evite circular em locais públicos.
Alerta aos profissionais da Saúde
O sarampo e a rubéola são doenças de notificação compulsória e imediata (24h) à Vigilância Municipal e/ou Estadual.
As orientações e diretrizes para a notificação, investigação, diagnóstico e deflagração de medidas de controle estão disponíveis no Guia de Vigilância em Saúde – 2017, e no link www.cve.saude.sp.gov.br.
Os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas e outros) devem ter duas doses válidas da vacina tríplice viral documentadas.
ALERTA SARAMPO_DEZ_2017 (2). Acesse aqui o documento elaborado e atualizado pela Equipe Técnica da Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória/CVE/CCD/SES-SP, em dezembro de 2017.
Vale ressaltar que o ALERTA SARAMPO se encontra, também, disponível no endereço eletrônico da SES-SP e do CVE: