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Na última quarta-feira (24) o COSEMS/SP promoveu o lançamento de seu 5º Caderno, uma parceria com o ministério da Saúde a Faculdade de Saúde Pública da USP, o Departamento de Medicina Preventiva da UNIFESP, a Associação Paulista de Saúde publica (APSP) e a Coordenação de Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). A celebração aconteceu no auditório do edifício sede do COSEMS/SP, na capital paulista, e reuniu diversos atores do SUS, assim como autores que deixaram suas contribuições na obra publicada. Na oportunidade, dois vídeos de participação social foram apresentados aos participantes do evento e estão disponíveis no canal do COSEMS/SP no YouTube (confira os vídeos no final da matéria).
Acesse no link a versão em PDF do Caderno 5 do COSEMS/SP – CADERNO 5 – PROJETO ATIVADORES
O Projeto resulta de um convênio na modalidade carta-acordo, assinado em 2017, e contou com o financiamento do ministério da Saude, através da OPAS. O principal objetivo foi fortalecer as regiões de saúde e capacidade da gestão municipal por meio dos “Ativadores”, que juntos trabalharam novos arranjos de apoio à gestão no SUS.
O caderno mostra o cotidiano do SUS na sua capilaridade refletindo sobre os desafios de sustentação de um Sistema de Saúde de qualidade para todos, na criação de espaços diferentes para relevantes discussões e trocas de experiências entre gestores e trabalhadores.
Os ativadores eram representados por apoiadores do COSEMS/SP, articuladores da Atenção Básica da SES-SP, gestores e equipes municipais, e atores de relevância regional no SUS, os quais discutiram temas como gestão do cuidado em redes e participação social em seis encontros regionais.
“Este caderno registra mais uma atuação importante do COSEMS/SP no fortalecimento do SUS, seja por meio de seus assessores, apoiadores e diretores. Demostra a história do COSEMS/SP, que tem o papel de representar os municípios na luta do SUS e da gestão municipal no estado de São Paulo. Uma experiência construída de forma coletiva, com envolvimento de outros parceiros, militantes do SUS, que estão em universidades e já ocuparam cargos na gestão e vice-versa. Assim como trabalhadores que contribuem na consolidação do SUS no território, com muita qualidade e propriedade”, citou Marcia Tubone, assessora técnica e atual coordenadora da Estratégia Apoiadores do COSEMS/SP.
De acordo com Marcia, a obra registra de forma intensa, viva e afetuosa narrativas de quem viveu e foi afetado por todo o processo e reflexões de professores sobre temas de nosso cotidiano, da gestão e cuidado em Saúde, Controle Social, processo de educação permanente e gestão compartilhada, além de gestores que relataram seus desafios para a manutenção de uma saúde de qualidade.
O projeto foi representado em 3 fases: mobilização regional e definição de prioridades; trabalhar duas macros regiões do estado (São Jose do Rio Preto e Presidente Prudente); e a elaboração de material de comunicação e divulgação do projeto (vídeos e o 5º caderno do COSEMS/SP).
Segundo o analista técnico de políticas sociais do ministério da Saúde, Juliano Mattos Rodrigues, que atua no apoio institucional e articulação federativa da superintendência estadual do ministério no estado de São Paulo, o mistério possui um projeto de apoio que agrega a idealização dos Ativadores. “Além de participante, o ministério veio colaborar para a concretização deste projeto e auxiliar neste apoio dos territórios que já vem sendo muito bem realizado pelo COSEMS/SP no estado. É no território que a Saúde e o cuidado acontecem, o que chamamos de cuidado vivo e cada território possui necessidades e peculiaridades diferentes”.
Para Laura Macruz Feuerwerker, professora da Faculdade de Saúde Pública da USP e autora do capítulo ‘O apoio a partir da Educação Permanente em Saúde nos territórios’, a ideia de aproximar ainda mais o COSEMS/SP do cotidiano dos trabalhos nos municípios é muito importante.
“Apesar de a potência de invenção estar no território, é preciso chegar mais perto, criar espaços de conversa, fazer perguntas que as pessoas geralmente não fazem, gerar possibilidades de encontros que geralmente não existem. Durante as oficinas isso foi abordado muitas vezes, pois algumas temáticas nunca haviam sido abordadas daquela maneira. Uns com os outros, entre municípios, trabalhadores com gestores, e podendo falar dos problemas e inventando e abrindo maneiras de enfrentar de modos diferentes”, descreveu a professora.
Ainda segundo Laura, as pessoas saíram das oficinas animadas. “Um processo de construção conjunto, que deu muito trabalho. Mas a aposta de abrir a possibilidade de os participantes pensarem de um outro lugar, outra visão da realidade que eles vivem, vai abrindo perspectivas. Conversas que fazem as pessoas pensarem de maneira diferente. O projeto não ficou no abstrato. O caderno reflete isso, com as narrativas de todos. Ao invés de ficarmos falando pelos outros eles falaram por eles mesmos”, disse.
Já Rosemarie Andreazza, chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acredita que a universidade precisa se aproximar cada vez mais deste espaço, do SUS e de seus entes. “Há muita criação, muita potência. Qualquer espaço é importante para reforçar o Sistema Único de Saúde. São milhões de encontros, pessoas produzindo soluções, propondo novos arranjos, conversas e escuta. Esta é uma produção que ganhou o mundo, pois o livro nunca é apenas dos autores, será dos leitores e isso produz mais vida, mais pensamentos e isso me anima e me apaixona. Isso é o SUS”, destacou.
A coordenação de Atenção Básica da SES-SP foi representada por Denise Lopes Ramos, que ressaltou a estreitamento de relação entre a secretaria e o COSEMS/SP para a qualificação do SUS no estado. “É sempre legal em diferentes espaços conseguirmos arranjos e novas possibilidades e o caderno significa isso. O registro de tudo isso é muito importante porque é pela história que se fazem os avanços”.
Em cada oficina foram efetuadas três questões consideradas disparadoras nos grupos participantes: O que você faz e considera importante para a construção do SUS? O que você, mas que não é importante? E o que você deveria fazer e não faz?
“As possibilidades que essas perguntas geraram nos grupos foi de uma riqueza enorme. As pessoas participaram de uma forma muito entusiasmada trazendo suas indagações na linha das questões disparadoras”, explicou Lidia Tobias Silveira, assessora técnica do COSEMS/SP.
De acordo com Lídia o projeto tinha uma intenção e foi cumprida. “A medida em que conseguimos colocar uma média de 1.500 pessoas discutindo o seu trabalho na Saúde municipal, suas práticas, potências e o tempo que a gestão coloca de coisas nem sempre tão importantes para o SUS. Considero importantíssimo a diretoria do COSEMS/SP ter abraçado o projeto, essa proposta. O projeto é uma contribuição para a gestão municipal e para o fortalecimento do COSEMS/SP. Procuramos traduzir tudo isto em um texto que acredito tenha conseguido ser exposto de uma forma muito peculiar, comprometida e afetuosa dos parceiros, universidades, coordenação estadual de Atenção Básica.
O intuito da obra é contribuir para que, através das experiências do dia a dia do SUS, surjam novas ideias para ampliar e fortalecer os seus defensores, em um momento especial que conclama a todos incorporarem as estratégias de defesa do SUS e seus princípios.
Saiba mais sobre o Projeto Ativadores – https://www.cosemssp.org.br/area-do-apoiador/3-projeto-ativadores/