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O avanço da tecnologia é uma realidade contemporânea. A cada dia surgem novas ferramentas que são utilizadas em diversos segmentos e na Saúde não poderia ser diferente. A incorporação tecnológica se transformou em forte aliada nos processos do SUS, como no caso do município de São Bernardo do Campo (SP), que usufrui do QR Code, desde dezembro de 2016, que atua na facilitação da identificação de casos suspeitos de Dengue na fase da ‘Prova do laço’ e na orientação aos profissionais da Saúde.
Para início do processo, no Hospital e Pronto Socorro Central (HPSC), houve capacitação dos profissionais da Saúde. “A tecnologia foi implementada com objetivo de auxiliar no treinamento de técnicas de vigilância epidemiológica e na realização da técnica da prova do laço, devido à necessidade de se cumprir com o cronograma de capacitações sobre o enfrentamento da dengue, estabelecido pela Vigilância Epidemiológica considerando o número elevado de casos no ano de 2015. Foi realizada a capacitação de toda a equipe de enfermagem quanto ao manuseio da ferramenta”, disse Geraldo Reple, secretário de Saúde do município.
Segundo Reple, não foi preciso a aquisição de novos equipamentos, pois se desenvolveu uma ferramenta pedagógica e tecnológica, que auxiliasse no treinamento dos procedimentos técnicos utilizados na Vigilância Epidemiológica do Hospital e Pronto Socorro Central. “Foram confeccionados chaveiros em papel e posteriormente plastificados, contendo filipetas com o QR Code, que direciona o usuário para um conteúdo explicativo, em formato de vídeo disponível no Youtube”, relatou.
Como funciona o sistema
Primeiramente, é necessário que o colaborador, a partir do próprio dispositivo móvel (smartphones), baixe gratuitamente o aplicativo de leitura de códigos de barras disponível na loja compatível com seu smartphone (Play Store para o sistema Android ou App Store para o sistema IOS), que realiza o escaneamento do QR Code e o direciona para a visualização do conteúdo. A ferramenta facilita a aprendizagem dos profissionais sobre as técnicas adequadas, auxiliando na elucidação diagnóstica e na tomada de decisões inteligentes, oferecendo assim uma melhoria na qualidade da assistência prestada aos pacientes e na gestão de treinamentos.
Nos casos de suspeita de dengue, se no momento do atendimento no HPSC o paciente não estiver na data oportuna de coleta de sorologia (a partir do sétimo dia do início dos sintomas), será encaminhado para a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência para a realização da coleta.
Porém, independentemente do encaminhamento desses pacientes para a UBS, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HPSC realiza o telemonitoramento de todos os casos com suspeita de dengue, efetuando orientações sobre a importância da hidratação oral e enfatizando a procura imediata do HPSC se houver piora dos sintomas. Ressalta-se que o telemonitoramento aplicado na Saúde está em alta no Brasil, sendo possível precisar informações mesmo com o paciente dentro do ambiente familiar, humanizando seu tratamento e diminuindo internações e reinternações.
“Constatamos que o uso de novas tecnologias, por meio de técnicas para o auxílio no diagnóstico das doenças de Vigilância Epidemiológica utilizadas nos treinamentos, acarretou interesse redobrado da maioria dos colaboradores que foram treinados, atingindo nossos objetivos de orientar e reforçar as técnicas adequadas para a realização da prova do laço e manejo da dengue. Conseguimos garantir que não houvesse nenhum óbito em 100% dos casos atendidos com suspeita de dengue”, ressaltou o secretário.
De acordo com a secretaria de Saúde, após o êxito da experiência com a tecnologia utilizada para o manejo da dengue, a prefeitura passou a utilizar também o QR Code para auxiliar no atendimento de outras patologias, tais como Tuberculose, H1N1, Leptospirose, Febre Maculosa, Dengue, Zika, Chikungunia, Febre Amarela, Varicela, Parotidite e Lavagem das mãos.