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Imagem: Steven Cornfield, no Unsflah (gratuito)
O COSEMS/SP traz importantes recomendações para profissionais e população a respeito da Vacinação contra COVID19, dúvidas que persistem em meio à enxurrada de informações que encontramos em diversos locais. Para isso, entrevistamos Brigina Kemp, assessora técnica do COSEMS/SP, enfermeira e participa da Comissão Permanente de Assessoramento em Imunizações do Estado de São Paulo. Brigina é também representante do COSEMS/SP junto ao programa Nacional de Imunizações e membro do Observatório COVID19 BR. Confira!
COSEMS/SP: Qual a recomendação para quem tomou a 1ª dose da vacina contra COVID-19 em relação a vacina da gripe?
Brigina: Deve ser respeitado um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas
COSEMS/SP: Qual recomendação às Unidades de Saúde para busca ativa dos vacinados com 1ª dose da vacina contra COVID-19 que ainda não tomaram sua 2ª dose?
Brigina: A busca ativa é fundamental que seja realizada. Lembrando o intervalo entre as doses: vacina Coronavac: de 14 a 28 dias (melhor 28 dias), vacina AstraZeneca: 12 semanas (ou 3 meses). Caso tenha passado o limite máximo do intervalo entre as doses, é importante que se complete o esquema das duas doses o quanto antes. Cada município pode encontrar uma estratégia para busca ativa, aproveitando aquelas que já estão organizadas, por exemplo: visita domiciliar pelo Agentes Comunitários de Saúde (ACS), aproveitar o esquema já montado para monitoramento de contactantes ou de casos COVID-19, mensagens por celular, etc. O importante é organizar esta ação para garantir a cobertura vacinal correta.
COSEMS/SP: É recomendado agendar a aplicação da 2ª dose da vacina contra COVID-19? Como fazer com quem utilizou vacinação em drive thru?
Brigina: O agendamento da segunda dose de vacina é imprescindível. A data deve estar bem legível no cartão de vacina (comprovante) que fica com a pessoa, e feitos os devidos registros no sistema informatizado. Esta ação pode minimizar os atrasos do esquema vacinal e garantir a adequada imunização.
COSEMS/SP: Se a pessoa tomou a 1ª dose vacina contra COVID-19 e desenvolveu a doença antes da segunda dose, qual recomendação para seguir o esquema vacinal?
Brigina: Inicialmente reforçar que é necessário investigar esta situação fazendo todas as medidas recomendadas para investigação de casos contidas nos documentos Oficiais do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da saúde.
A segunda dose somente deve ser tomada quando a pessoa estiver totalmente recuperada dos sintomas, ou seja, deve estar sem nenhum sintoma e ter transcorrido pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas. Se acontecer de uma pessoa assintomática ter realizado um PCR e seu resultado tenha sido positivo deve aguardar quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva para tomar a vacina.
COSEMS/SP: Qual a recomendação para Unidade de saúde frente ao número de doses inferior ao preconizado nos frascos?
Brigina: Deve-se fazer a notificação no sistema de Vigipós do Centro de Vigilância Sanitária link: http://200.144.0.248/cve/notificacao1.asp
Esta situação se configura como Queixa Técnica devendo ser notificado para que a Vigilância Sanitária tome conhecimento do problema e possa desencadear ações junto ao fabricante. Além de respaldar o gestor local no momento de qualquer verificação a respeito de doses recebidas e utilizadas
COSEMS/SP: Quais recomendações essenciais para quem tem esquema de vacina contra COVID-19 completo (duas doses) para evitar nova infecção? É possível infectar com coronavirus mesmo vacinado?
Brigina: Mesmo com duas doses completas e tomadas nos intervalos adequados, todas as medidas de proteção devem continuar sendo adotadas: uso adequado de máscaras, distanciamento físico e higienização das mãos. As vacinas não são 100% eficazes, sua maior proteção é contra casos graves, evitar internações e óbitos. Portanto, uma pessoa vacinada pode se infectar ou infectar pela 2ª vez e transmitir a doença.