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Neste ano de 2020 o país enfrentou e vem enfrentando a maior calamidade de saúde pública de sua história, com a pandemia do Coronavírus. Os gestores municipais buscaram reorganizar a rede de atenção à saúde para responder aos desafios de atender aos casos suspeitos e confirmados de COVID-19; em curto espaço de tempo criaram novas rotinas com fluxos exclusivos para atendimento de sintomáticos respiratórios; incorporaram o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para vários procedimentos; diminuíram o atendimento de pacientes crônicos e com outras patologias, lidaram com o medo dos trabalhadores da saúde, e os afastamentos em função da contaminação de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, entre outros; e ampliaram, em parceria com o estado, leitos de Clínica Médica e de UTI.
Neste cenário assistimos à ausência de uma coordenação nacional pelo Ministério da Saúde em relação às diretrizes para medidas de redução de transmissão da doença e regras de distanciamento social
No estado de São Paulo foram tomadas medidas fundamentais para o controle da epidemia:
• distanciamento social;
• reorganização da Atenção Básica e dos serviços de Pronto Atendimento da COVID
• Criação de Centros de Atendimento COVID
• Ampliação da capacidade de atendimento hospitalar para COVID, incluindo leitos de UTI; e
• Ampliação da testagem, com disponibilização de maior quantitativo de RT- PCR e teste rápidos aos municípios a partir de junho.
No dia 31 de maio o Governo Estadual apresentou o Plano São Paulo, com classificação das regiões do estado em cores a partir de critérios definidos pelo Estado, e propôs medidas de flexibilização do distanciamento social – um dos pilares do controle da epidemia, utilizando com peso maior o critério de Taxa de Ocupação dos Leitos de UTI destinados ao atendimento dos casos graves de COVID. De maio até o presente momento as Regiões foram alterando sua classificação e flexibilizando progressivamente as regras de distanciamento social. No momento, não temos nenhuma região classificada como vermelho (pior cenário), mas ainda existem regiões com número elevado de casos, e com riscos de aumento dos níveis de transmissão da pandemia.
A pandemia que teve início na RMSP, RM de Campinas e Baixada Santista, deslocou-se rapidamente para os municípios do interior do estado, e a situação epidemiológica continua exigindo cuidados, e é fundamental estarmos sempre alertas e monitorando os números de caso, óbitos e internações!!
O COSEMS/SP tem buscado estratégias para apoiar os gestores municipais durante a pandemia
Uma dessas estratégias foi a utilização da ferramenta “Simulador de Casos e Leitos Hospitalares- COVID-19” para uso nas Regiões do Estado de São Paulo, que permite o monitoramento de casos de COVID-19 e apresenta uma modelagem matemática para estimar a transmissão do vírus em momentos futuros e a disponibilidade de leitos UTI e de enfermaria de clínica médica nos territórios. Essa ferramenta foi desenvolvida pelo Departamento de Engenharia de Produção e do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais, por meio do Laboratório de Tecnologias de Apoio à Decisão em Saúde (LABDEC),
O COSEMS/SP firmou uma parceria com os pesquisadores do LABDEC para a customização da ferramenta para as Regiões do Estado de São Paulo, possibilitando sua utilização no período de maio a outubro de 2020, o que colaborou para o planejamento antecipado das ações de combate e enfrentamento da pandemia pelos Gestores Municipais.
Com a estabilização do número de casos e interiorização da epidemia, as projeções foram se tornando semelhantes entre as Regiões e faremos a última atualização dessa ferramenta em 18/10, que será enviada aos Gestores Municipais. Caso queira receber essa última atualização solicite ao COSEMS/SP pelo e-mail cosemssp@cosemssp.org.br
Outras estratégias adotadas pelo COSEMS/SP são Analises epidemiológicas, orçamentárias e financeiras e de oferta assistencial durante a epidemia para colaborar com os gestores municipais no processo de monitoramento dos casos e fornecer subsídios para o planejamento das ações em tempo oportuno.
Segue arquivo em com as análises do período de fevereiro a setembro de 2020, disponível para download: ApresentaçãoAnálise Estadoversão_final Atualizada
A assessoria técnica do COSEMS/SP elaborou a “Análise de 1 milhão de casos de COVID-19 no estado de São Paulo, no período de fevereiro a setembro de 2020”. Na referida análise podemos encontrar:
– cenário epidemiológico, com a distribuição temporal dos casos, em que o estado de SP se tornou o epicentro da pandemia;
– cenário de oferta assistencial, pelo qual é destacado o processo de adequação de leitos para receber os pacientes com COVID-19
– cenário orçamentário financeiro, conjunto normativo que passou a compor um regime jurídico de exceção atrelado à instituição de calamidade pública, possibilitando a criação e destinação de recursos extraordinários
– cenário municipal e ações realizadas, onde os gestores municipais sentiram diretamente o impacto provocado por uma doença nova, altamente transmissível, sem tratamento comprovado e com letalidade alta
– conclusões: ficou bastante evidenciada a falta de coordenação nacional da Pandemia, somada a uma desarticulação da gestão estadual, o que produziu importantes dificuldades aos gestores municipais.
Confira abaixo o documento completo, uma profunda e elaborada análise com mais de 65 páginas!